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Os índices de criminalidade estão em queda no RS desde 2017, ano em que o Estado registrou pico de casos. Desde então, mudou a distribuição geográfica dos homicídios no Rio Grande do Sul, com redução mais acentuada nos municípios da Região Metropolitana.
Isso fez o Interior — que também tem registrado queda nos casos, mas em menor número — ter quase três vezes mais crimes do que a Região Metropolitana em 2024. Foram 963 casos contra 356 na Grande Porto Alegre. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do governo estadual e foram analisados por Zero Hora.
Autoridades destacam que a mudança percentual na distribuição dos crimes está relacionada aos bons números registrados na Região Metropolitana nos últimos anos e não a uma migração do crime para o Interior.
Regiões com mais casos
A mudança no perfil geográfico dos homicídios teve início após 2016, quando 2.666 casos foram registrados, no segundo ano mais violento do histórico de dados da SSP. À época, a Região Metropolitana registrou metade dos casos. Foram 1.353 crimes, o que representa 50,8% dos homicídios do RS. A segunda região com mais assassinatos foi a Serra (8%), seguida do Vale do Sinos (6,1%).
Desde então, a Região Metropolitana não repetiu esse patamar de ter metade dos crimes do RS. Em 2024, continuou sendo a que mais registrou crimes, mas com percentual muito menor, de 27%, com 356.
Houve, porém, duas mudanças no “pódio” dos homicídios: o Norte subiu para o segundo lugar, com 12,7% dos casos (168), seguido da Serra, com 11,6% (153).
Na comparação de 2017, pico do número de assassinatos, com o ano ado, a redução de mortes na Região Metropolitana atingiu 73,6%, ando de 1.353 para 356 casos.
No mesmo período, as regiões do Interior, somadas, também tiveram redução, mas muito menos expressiva: de 30%, ando de 1.376 para 963.
Em números absolutos, 2024 terminou com o Interior registrando quase três vezes mais homicídios do que a a Região Metropolitana — 963 contra 356. Essa é a maior diferença da série histórica.
Aumento no Norte
A Região Norte concentrou 4,9% dos homicídios em 2017 e fechou 2024 com 12,7%. Foi a segunda maior concentração de crimes no Estado no ano ado, apenas atrás da Região Metropolitana.
Em números absolutos, os dois últimos anos registram os recordes de homicídios na série histórica na região, com 171 crimes em 2023 e 168 no ano ado.
o Fundo, município mais importante da região, atingiu o menor patamar de assassinatos em 2019, com 15 casos. Desde então, houve aumento significativo de mortes, que culminou com o recorde de 46 homicídios em 2023 e com um 2024 com o segundo maior número de casos, 45.
Em 2025, até maio, o Fundo era a segunda cidade com mais casos, 18, atrás apenas de Porto Alegre, com 80.
Fatores que levaram à mudança
Mario Souza, diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil, afirma que a mudança percentual na distribuição dos crimes está relacionada aos bons números registrados na Região Metropolitana nos últimos anos.
— Não me parece que haja uma migração de crime organizado para essas áreas (Interior). Como a Capital e as cidades metropolitanas caíram consideravelmente em seus números, o Interior aumentou seu peso percentual. Não houve aumento do número absoluto no Interior, pelo contrário: os registros estão caindo — explica.
O delegado relaciona o bom resultado no Estado ao RS Seguro, programa da área de segurança criado em 2019 pelo governo gaúcho para reduzir os índices de criminalidade.
Desde a implementação até 2024, os homicídios, uma das prioridades do RS Seguro, caíram 23,6% no RS.
Souza destaca a implementação do protocolo das sete medidas de enfrentamento aos homicídios, adotado em fevereiro de 2023 em Porto Alegre, Gravataí, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Canoas e Viamão, como decisiva para a redução do número de mortes.
O recorde de homicídios em Porto Alegre foi registrado em 2016, com 723 ocorrências, 27,1% dos crimes do tipo no RS naquele ano. Desde então, há uma queda na participação da Capital na contagem absoluta e percentual do total de crimes: 2024 terminou com 151 homicídios (11,4% do total do Estado), o menor patamar da série histórica.
— As sete medidas do protocolo são acionadas quando ocorre um homicídio relacionado ao crime organizado. Entre elas estão a saturação da área (do homicídio), responsabilização das lideranças, revistas em presídios, operações especiais de lavagem de dinheiro, transferências de presídios e isolamento de lideranças. O grupo criminoso que mata, recebe o protocolo. Se não estiver matando, a organização criminosa continua sendo investigada — acrescenta Souza, afirmando que a polícia quer expandir o uso da abordagem para o Interior.
Atuação de facções precisam ser consideradas
Estudioso da segurança pública há mais de 30 anos, o cientista social Charles Kieling afirma que a queda nos assassinatos ocorre devido a mudanças no comportamento das principais facções criminosas do Estado, e não pela ação das autoridades públicas.
— Para alcançar seus interesses, elas precisam promover a redução dos homicídios e potencializar a própria segurança. As facções criam um "ambiente de parceria” com órgãos de segurança, oportunizando que quaisquer projetos em (a ideia) para a sociedade de que estão tendo resultado, o que gera uma falsa sensação de redução do crime. Isso propicia o relaxamento das ações, investigações e diminui investimentos — pontua.
A mudança do perfil geográfico dos homicídios, da Região Metropolitana para o Interior, também é resultado do aumento da presença das facções nas cidades menores, na avaliação do cientista social.
— O interesse está no controle logístico de municípios situados em entroncamentos de rotas para outros estados e países, que têm portos e aeroportos. O interior do Rio Grande do Sul ou a presenciar um aumento nos homicídios até que uma facção estabeleça o controle. Elas criaram “bases” no Interior, para guardar e encaminhar produtos e servir de abrigo — diz Kieling.